sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Periferia - Maria Melo


Eu sou da periferia
marginália poesia
destes becos sem saida,
triste rota desta vida.

Se me roubam o meu dia
mas não levam as estrelas,
para sempre cobiçá-las
para sempre não vão tê-las...

Os heróis que vão avante
bulicosos vencedores,
nunca olham para tras
e nunca saem  de seus andores...

Eu sou da periferia
dos telhados esquecidos,
de uma nota sem valor,
de bemóis e sustenidos...

marcação sem harmonia,
de ruidos estridentes,
onde sopra todo dia,
passo incerto e descontente.

eu sou da periferia...
periferica semente,
semeada todo dia,
no caminho desta gente.

Um comentário:

A semente

 vou caminhando  para meu sonho. Vivo lá  tudo que me proponho.  súbito, mais que de repente, chego num dia de sol, que se abre  inteirament...