sábado, 18 de fevereiro de 2017

situação

meia furada,
sola gasta,
pés cansados
e basta.

O Verso

É genuino e diminuto
Tem sangue, tem pulso
pouco se alarga na direção
dos palacetes avulsos.

O verso tem dia tem noite
tem histórias iguais as de todos
o verso também tem estrelas
mergulhadas no seu lodo.

Tem fábulas desconhecidas,
nunca serão lavradas,
são puras como a vida,
em novas caminhadas.

O verso é bravo,
o verso luta
bandeia, escolta a alma
vence a labuta.

O  verso tem coração
trabalha incansavelmente,
o verso em ação
labora caminhos a frente.

O verso tem raizes,
floresce, frutifica, assombra,
o verso ampara a fraqueza
o proprio ombro.

O verso  não canta o devido,
nem encanta o certo,
o verso tem o toque
da flor no deserto.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Acumulo



depois de seduzi-lo
com suas devoradoras entranhas,
o prende o acusa,
de ferocidade tamanha!

Sem uma palavra
a balança  oscila...
o frio metal
nunca conspira.

A natureza não dá tregua
persegue seu fugitivo
com seu carretel de laços e linha
a centenas de milhares de léguas.

Em defesa vem a morte,
que é frustração,
também que é sorte...

quem sabe o abraço
de quem não julga nem discrimina
carrega nos braços
para uma nova sina.

O pobre peregrino.




A linha

 O meu filme de amor é estranho... você não vê a trama nem mesmo o carretel Só vê um pedacinho da linha que estou puxando do céu.