Sem emoção...

Falta alguma coisa nesta história...
todo mundo conta a mesma história,
sem mudar um ponto ou vírgula nela...

a fantasia se aproveitando da realidade.

Revolta

a revolta do milhão
de mala e mala
de mão em mão
sempre com o chefão...
nunca na mão do povão.

O dinheiro se rebela
se revela prisioneiro
o dinheiro que dá cria
somente ao dinheiro.

Revoltado comprido,
amontoado reprimido
o dinheiro quer se espalhar
além do devido.

o dinheiro é uma graça
que compra tudo
do barato ao caro
é o barato que sai caro

andei por lá

Também no maior silêncio
Curitiba de Braços abertos
com aquilo que povo pensa.

aqui se pensa diferente,
mas não se faz diferente,
tenho referência
de outros tempos,
onde as coisas eram feitas iguais
as modernas coisas que hoje se faz.

De vermelho

De vermelho 

trago o sangue na veia
de preferênica
bem escondido da vista alheia.


quando ferve me sufoco
mas nunca mesmo, entro em foco.

é o silêncio deste comboio
que me vale ouro
seu apoio.

Me calo mas não paro,
viver é sempre
meu momento raro.

diferenças

a abelha, diferentemente da aranha,
não faz teia, faz castelo,
se reune em assembleia,
viaja muito, furta flor
zumbem e fazem mel.

enquanto aquela, a aranha,
em silêncio
faz teia, não tem vida social
também trabalha muito
faz seu sustento...
não é de esquerda, nem de direita,
está sempre no centro...

Fale bem ou mal fale,
apesar de tudo ainda tem amigas,
quando morre,
pra carregar-lhe a carne
vem um batalhão de formigas.