Aprendi amar a água,com um riozinho fio dágua
que do morro descambava.
Serpenteando os matagais,
em sombras cantarolava
aos abraços e beijos,
dos braços que o carregava.
O riozinho pelo meu colo,
grande amor eu tinha à água
uma voz que me falava,
que o riozinho era das lágrimas,
que meus olhos,
pelo chão derrubavam
enquanto eu por lá passava.
na infância de meus primeiros passos,
é o encanto da vida e da água,
que rega meus dias de menina
é o engenho que move os sonhos
que pela estrada eu faço
enquanto sonhos eu tinha.
Depois vieram as nuvens
algumas negras outras azuis...
parecem leves, outras pesadas de águas,
lentas e breves.
e formaram cachoeira,
belas e ocultas, em leitos de pedras
diamantes ou brutas...
seduziram... os lagos mortos,
que espelham as almas
suas janelas abertas
ao sol da minhas palmas
apontaram o caminho para mar.
Hoje abraço o mar
e toda vida que ele abriga,
porque sei que sua alma de água
é o riozinho da minha vida.
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