domingo, 15 de fevereiro de 2009

Os fatos:
O Exército do Rei chegou a cidade próxima,
cheia de gente por toda parte,

Chegaram gritando, empunhando, armas,
cheios de arte.

Nada aconteceu, nem uma pedrada, nem uma resposta!
o povo olhou para o exército e continuou sua jornada.

O que podem eles fazer?
em favor de nossas vidas, matando-nos!
De fato, o fato era trágico.

Hei, me dá suas riquezas, suas terras,
suas joias, seus diplomas e conhecimentos,
é a guerra, olhem para meus soldados,
ávidos por derramamento!

O pobre virou os bolsos, e olhos,
e disse: leve tudo, leve nada,
nada possui, nem o passo desta estrada.

Beberam juntos agua ardente,
barata e quente, queimando a güela e a palavra,

O exército procurou por toda parte um homem
para matar, saquear, roubar os tesouros,
mas qual nada, os homens eram tão
pobres que não tinham nem besouros!

Assim o exército do rei rodou
a cidade inteira e não encontrou
nada que valesse a guerra,

Não encontrou ninguem disposto,
todo mundo ria, saia, não se importava,
parece que não temiam nada mais, além
daquilo que já sofriam. Suportavam!

Ao final de alguns anos,
bebendo, vivendo mal, desgostosos,
o exército do rei
tomou a humilhante decisão
de voltar para seu reino,
sem conquistas, derrotados
de todas as formas,
pobres, envelhicidos, desamparados.

O rei tomou uma decisão inédita:
convidou todos os homens
fracos, feios, pobres, desarmados,
incultos, pacificos, covardes,
promiscuos, doentes, decepcionados,
confusos, ateus, fanáticos,
para compor seu reino,
que ficava lá pras bandas do outro lado.

E Eles nen hesitaram,
no caminho da triste morte
todos andavam... seguiram o rei
e seu exército derrotado.

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coração

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