O espelho tava calado, só refletia
um certo estado do presente.
Examinou-se curiosa e muito feliz:
Afinal o que importa é ser linda!
Se branca ou negra, seus pais não
a entenderia mesmo. A questão não era a cor da pele
mas o formato das idéias!
Isto coisa que ela não esqueceu.
Seu pai sempre bronqueado, até infeliz,
por causa dela, sua mãe, chorava todo
dia, também por causa dela,
que droga, nem que fosse doente,
eles sofreriam tanto,
quanto sofriam por causa dos seus parâmetros
ou não parâmetros.
E ter idéias não convencionais
às vezes pode parecer crime, merecer punição e castigo,
restrição e despreso,
pode provocar injustiça,
pode despertar a maldade,
cultivar a inveja...
causar temores, terrores,
E por fim esta banalidade,
pode provocar um um dilúvio
sem dimensão, de arrempendimento,
que chega a ser pecaminoso,
o estrago que fará no coração!
Enquanto pensava foi abordada:
Vamos conversar na sala ao lado,
Você e eu e as paredes!
As paredes? Claro, seus pais,
também estarão lá,
só que eles não sabem que você os ouvirá!
Também estarão lá alguns de seus visinhos,
Meu Deus, o que dirão de mim,
se nem meus próprios pais me conhecem?
Que dirão os visinhos, os amigos,
agora que sou assim,
de onde me reconhecerão?
E foram eles para a sala da conversa,
da estória avessa,
contada por uma mulher,
numa noite de frio em sua vida.
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