
Todos os leitores... não digo quantos são...
se lembram da aldeia... o sitio do Senhor diretor...
onde se fez a filmagem da cena de amor entre
Lord C e a quase princesa Madame B
da subida até o lago, dos homens da cidade
que invadiram a aldeia... da quase princesa afogada,
do seu sumisso e por fim da dispersão dos
atores todos e dos personagens.
De verdade eles não sumiram...
cabe à autora o atributo de controlar seus personagens...
assim ela procedeu.
Mas de vez em quando topa com um ou uns por aí:
Estes dias passados a autora andava
pelas ruas, distraidamente quando lhe apareceu o Senhor Diretor,
com seus cabelos em pé e suas ideias em pânico!
Derrubou-lhe um olhar de censura:
Como pode deixar às soltas pelo mundo, personagens tão mágicos...
e se eles se confundirem com a realidade,
Podem causar aborrecimento
ao andamento da carruagem!
A autora ignorou o comentário mental!
Voltamos ao sítio, à aldeia... um quase paraíso,
mas com o pecado original... no original.
As crianças sempre foram um grande problema!
Devem elas permanecerem puras, livres da contaminação,
da realidade mundana até a fase adulta?
Esta pergunta é feita agora porque na aldeia
ninguém gostaria de perguntar ou responder isto,
porque a natureza é um grande espelho mágico,
não esconde, não aumenta, não inventa,
Não tece tramas fedorentas e interesseiras.
As crianças da aldeia iam para o vale,
onde ficava todo o arsenal de filhotes... de bichos e de gente.
até muitas plantas especiais ficavam lá,
sob a guarda de pessoas adultas
que zelavam por elas.
Todos os dias, amanhecia e as crianças iam para o vale,
tinha rio, cachoeira, filhotes de muitos bichos,
frutas, muitas plantações especiais... e elas bem cedo
haviam de se interessar pela vida
e sua intereção.
A autora confessa que nunca viu
lugar tão lindo assim,
mais que muito lindo... a autora não fotografou, não filmou...
Ela promete que o leitor verá!
Ela convida: cate uma cadeira bem leve,
e sobe uma escada invisível,
encontre uma nuvenzinha qualquer
cuide para escolher um lugar onde o vento sopre suave...
Sente-se, sinta-se em casa,
em sua pequena nave e comece a viajar...
Vamos ver o vale, o rio, vamos ouvir as crianças brincando,
lembre onde tem crianças brincando, sempre chega mais uma correndo,
pois esta que vem correndo,
com os olhos esverdeados reflectindo as matas
e o brilho das águas... é você leitor.
Vem correndo ver o bosque das borboletas,
fragmentos de arcoiris nas mãos das crianças pequenas,
que carregam suas almas em algazarras e serenas.
Veja leitor 10 borboletas coloridas em cada metro quadrado
de vida. Vejas-as dançando, num silêncio
mágico de uma música inaudível.
Corra junto com todas as crianças, em volta de seus sonhos,
toque-os sem medo de acordar
as borboletas do bosque e as crianças do vale,
sempre estarão lá, naquela pequena aldeia...
isto está muito longinquo!
mas você há de alcançar.
Agora minha pequena criança de olhos esverdeados de matas e de águas,
veja aquela coruja grande, branca e sonolenta
no topo da árvore. Passou a noite atenta,
agora vem cochilar com a algazarra da criançada.
E a coruja não sente inveja, é totalmente linda,
mas adora ser benvinda no bosque das borboletas,
onde brinca a criançada.
Ali ela está como sempre esperando o leitor chegar,
criança que sonha no bosque do vale não se engana jamais
sabe construir seu dia de paz,
na floresta ou na parte descampada.
E quando você ver o bosque das borboletas... me diga,
estamos próximos um do coração do outro,
é onde a autora pretende chegar!
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