Tudo está certo e preciso
Seu Pablo diz a Joanita que se mudará no sábado.
Joanita lhe diz que no sábado trabalhará, todo o dia.
Ele se sente ótimo e feliz. Ela contente.
Assim chega o sábado ele traz sua bagagem.
Malas e malas de coisas necessárias
para desempenhar bem seu trabalho.
E os livros do falecido...
Todos até com dedicatória... amarelados e bem conservados.
As músicas detestáveis... todas muito bem cuidadas.
As velhas e coloridas camisas, gravatas,
pertences pessoais do falecido
fazem parte da bagagem do agente da C.I...
Ele se sente meio canalha.
Vai se fingir de amigo, e se puder de qualquer outra
coisa para fazer seu exótico trabalho.
Guardou tudo cantarolando.
Ser um agente da inteligência é bom demais
se bem que nada tem
com o cinema... nem uma lupa funciona
com os poderes paranormais do movie...
Vejamos o computador está ótimo.
É claro que ele vai usar alguns truques
É normal que pense que pode...
quando olha no espelho fica até vermelho
de vergonha daqueles pensamentos:
Eu, hein quem disse... dirá
mas o cenário fica arrumadinho
não tem nem vento
de ventilador para desarruma-lo!
Joanita vai trabalha e pensa:
Que fatal armadilha colocaram no seu caminho.
Quem a teceu... cupido, sorte, o chefe,
o vizinho, a mente alheia do alheio.
Mas ela sabe que tem um enorme ponto escuro
em tudo que está muito claro.
E só ela sabe, só ela sabia,
ninguém mais... então onde está a trama,
onde está o cenário...onde estão os outros personagens...
Seus pensamentos mergulham
em esferas proibidas... vão para dentro de outras
cabeças o que para ela é fácil
anda sempre com as cabeças alheias
aos alcance da mão.
E na verdade, aquela misteriosa armadilha
é o grande segredo
como se chegou a tal não importa,
ela não vê a hora de mergulhar
naquilo que chamou já de inicio, de impossível.
Armadilha para o amor.
Não é preciso esperar o domingo,
ele vem correndo,
enforcou a semana inteira,
os pensamentos, para ser o domingo de Joanita e seu Pablo.
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