´Hora para tudo,
hora para rezar,
o cego, o surdo, o mudo.
Uma reza torta, aniquilada
sem propósito,
descrente, reza vazada.
Mas hei de ter coragem
e despejar minha prece,
que não são lágrimas,
de quem grita ou padece.
É uma prece sonho,
de uma alma sem lugar certo,
que foge do paraíso,
não expulsa do deserto.
Que vem onde quer,
pelos caminhos que quer
sentir dor, porque se sente dor,
em qualquer canto onde se põe os pés.
É uma alma acomodada,
em almofadas coloridas,
poço raso, ferida,
que não se sente, só pressente.
Parece até doente,
pelas tristezas sentidas,
mas ri de tudo,
até das glorias perdidas.
Não se espante,
é uma alma, a mesma
mal falada alma de sempre.
que reza assim,
com as mesmas palavras,
repetidamente,
para todo sempre, amem.
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