quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Seu Pablo e seu espião - conto
Agora tudo estava certo,
O trabalho deveria render algo,
ainda que não fosse dinheiro, fosse motivação.
Seu Pablo pegou seu óculos de tecnologia de super ponta,
bonito e sedutor,
capaz de ver muito alem, das próprias paredes,
pretendia ele também espiar o coração da moça.
Mas que amor... era por certo
o amor do próprio coração dele.
Aquele era um novo aparato,
para um homem velho.
O que Joanita tinha que merecia ser olhado
tão atentamente,
já na quebrada da estrada...
E todos os antigos passos que ela dera
não tinha nenhum significado...
Por que não espiaram antes...
Seria ali o começo do abismo...
Por que só agora... O que tinha no presente
daqueles dias, que poderia ser diferente de outrora...
Seu Pablo não queria saber de nada,
Agora podia olhar a sala dela,
Ai, dela, se viesse distraída,
mostrar suas intimidades pecadores para ele...
Estava pronto para surpreender-se...
O que ela fazia na sala, todos os dias
até altas horas da madrugada,
Não ouvia música, ninguém ouvia.
Não lia, não ia na internet,
não recebia visita, não pintava, não cantava,
não jogava, não bebia. Não dormia cedo, jamais.
Não usava remedio convencional,
nem clandestino.
O que ela fazia era desconhecido.
Joanita gastava 4 a 5 horas de todas as noitees,
de sua vida moderna, sentada no sofá,
parada, olhando as paredes,
Quem sabe, sempre dizem que paredes tem ouvidos,
Não terá, lingua também....
Possivelmente Joanita tem um diário
e neste diário deve escrever os seus pensamentos,
palavras muda, por enquanto, nada obreira,
Joanita é muito imóvel.
O que há por detrás daquelas mãos que gostam tanto
de alisar cabelos alheios e por que...
quando os alisa parece que compreende e entende
uma linguagem secreta.que faz dela tão
serena centelha.
Seu Pablo não tem idéia do que o espera,
Juntou tudo que ganhou de especial para seu trabalho,
a parede é o fundamental,
Tão fundamental é sua observação pessoal,
minuciosa que ele tenha paciência
de ficar de óculos olhando para a parede, também.
Esperando um sinal do absurdo êxito,
de um trabalho tão simples, tão tedioso,
e possivelmente tão surpreendente.
E que Deus queira que Joanita viva bastante,
para escrever o seu diário
para revelar um segredinho seu,
que interessa, tão somente a ela,
mas por curiosidade, pode vir à tona,
se bem iluminado.
Seu Pablo espera plantado na sua poltrona,
pela primeira vez, algo pode ser realmente,
novo e medonho.
E se for, que pecado pode cometer o homem,
quando busca encontrar respostas para si mesmo na
vida do próximo!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A semente
vou caminhando para meu sonho. Vivo lá tudo que me proponho. súbito, mais que de repente, chego num dia de sol, que se abre inteirament...
- 
A minhoca não arreda o pé da terra bailarina clássica, de música inaudível entranhada na sua alma de puro barro. Dança, salta, não tira o...
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário