terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
o que diz vossa magestade, o anel ... conto - Maria Melo
Aos dedos da mão que o ostenta...
Sim, és um dedo anelado...
teu desejo é lei, porque és rei.
E senhor de curta e grossa sabedoria.
Tudo passa, bem e mal,
dor e alegria.
E os outros dedos de tua mão o que dizem...
Não importa, porque o fazem em silêncio
detras da porta.
Tudo passa mesmo até que se complete
a primeira volta.
E quando se chega neste alambrado...
percebe-se o quanto a vida
escreve e caminha na linha torta
do caminho mal riscado.
Toda filosofia do sábio dedo
cai por terra, o rasário se rompe
e as preces, também,
principalmente as preces mal rezadas,
que são muitas. Se reza melhor com o coração.
A religião, a guerra, a ciência,
só lhes restam beijar a terra e saber
que o sangue derramada foi em vão.
Mesmo que tirar o leite da vaca
sobre o chão... não dá-lo de pão
ao seu filhote, ou ao menino, então.
Igualmente o sangue.
E estes sábios aneis e dedos bem apontados,
verão que o mundo tem
sedução e astúcia infinita
que jamais permitirão ao homem
ser o senhor de sua própria vida.
Não, jamais desta forma egoísta
e tão simplesmente bendita,
que simplifica tudo,
num gesto ou uma marca escrita.
No papel, é claro, qualquer papel,
inclusive o mais anti higiênico do mundo.
diálogo dos dedos,
que mesmo da mesma mão,
trazem em si diferente função:
E nas linhas dela traçam o mapa
do tesouro que sempre
ficará guardado no coração.
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