Quando ele me aparece só me traz dúvidas
e certeza que logo logo desaparecerá outra vez.
prometo nunca mais reconhecer a voz dele no telefone...
basta ele respirar do outro lado e já sei: é aquele homem.
Mas ele ri do meu amor, como se fosse graça,
e graça é! Ele ri sem saber, mas ri feliz.
Alguém o ama... este alguém sou eu!
Ele não me ama. Não importa o que eu faço!
E faço muito, faço tudo que posso:
lavo, passo, cozinho, costuro, remendo e emendo
sua camisão e seu coração qualquer coisa
sua! Quanto mais eu choro mais ele
se diverte. Aliás, parece que ele gosta disto!
Não do meu amor em si,
do ataque repentino que sinto quando ele
se aproxima.
Peço a Deus assim:
Senhor me ajuda ser melhor, ser bonita,
ser inteligente, ser qualquer coisa que ele goste,
o que custa senhor, dá-me esta força...
Faz com que ele me ame!
Ninguém consegue ensiná-lo a me amar,
parece que tem uma lei de Não, dentro dele,
uma placa enorme, um luminoso berrante,
Um Neon gigante, um farol que diz Não.
Essa não!
Então eu sofro, sofro o diabo, não durno,
não rezo, não choro, não imploro,
fico sentindo a aquela coisa dentro de algum lugar,
coração, cérebro, mãos, olhos,
boca, pensamento, corpo... tudo em mim
sente a falta dele.
De uns dias para cá resolvi desistir dele:
e aceitar o amor de uma pessoa que me ama
isto não é impossível:
sempre tem alguém que gosta muito da gente.
sem tanto sacrifício...né...!
Então eu estava bem feliz... porque
um amor sempre pode ser uma sorte grande.
Ouço com paciência tudo que este novo amor me diz...
Parece tão sincero, parece tão feliz
tão perfeito que eu desconfiei..
desconfiei do silêncio que há em mim:
Num teve orquesta,
não teve sabiá, não teve arco íris,
nem teve onda no mar,
não teve olhar derramado, demorado,
respiração parada, aquele momento sonhado.
Então eu descubro que não é ele que tem
que aprender a gostar de mim,
sou eu que tenho que aprender a gostar de outro.
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