segunda-feira, 26 de julho de 2010
Nossa Senhora dos cafundós
Nossa Senhora dos Cafundós
que nas grutas de pedra e lama,
tem os pés costurados em nós
nos raios da roda em chama!
Nossa Senhora que muda nas pedras,
só chora quando cai água das nuvens,
e o pó que na menina dos olhos gruda,
só sai mesmo com as águas da chuva.
Nossa Senhora das noites escuras,
das orquestras de sapos e saracuras,
a ela que ouve do povo todas as juras
de amor eterno, luz e candura.
Nossa Senhora que barro é este,
tão superfuo que não tem entranha,
os pés colados no centro da mesa,
como se a mesa fosse uma montanha.
A ti mesmo, branca lama, gesso
entrego preces que por ora padeço,
e tua estátua calada chamo de mãe,
mãe sincera no mundo que mereço.
E se puderes deste silencio eterno,
guiar meus passos pelo céu e inferno,
te suplico que o faça sempre sereno,
enquanto sonho a vida que espero!
Que os caminhos venham em paz,
encontrar os filhos que te procuram
que apesar, nossa senhora dos pesares,
não pese, com rigor as nossas juras!
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