terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um olhar para a alma gêmea - Maria Melo



Sim ... a ela.
como primeira matéria de minha própria costela.
Olhar a alma,
a primeira de sua eterna,
por esta tão grande claridade,
é olhar os caminhos tortos,
mudos e ofuscos da eternidade.

Sim ...  a ela esta quimera,
megera indomável, ou zeus etereo.
Sim... ao paraiso onde Deus se fez preciso...
ao criá-la inocente feito brisa
e lança-la aos rumores da tempestade.

É dela... é nela toda a imperfeição
do desejo ainda adormecido.
que mais tarde, acordado do sono e vivo,
desejou muito mais do que era possível.

É ela singela como a vela se queima
ainda  na escuridão da vida,
na esperança de merecer o dia prometido.

Minha alma, dentre tantas,
de olhares brilhantes e esperançosos,
se fez senhora dos desejos,
e desejou tudo, entre tudo,
o primeiro beijo de seu primeiro amado.

Mas a alma gêmea de convivio supremo,
muito além de qualquer paraíso terreno,
também me é veneno.

Me mata pela ausência,
pela negação e pela crença
do amor pecado.

Amar tanto e tanto,
que o mundo caído em pranto,
não merecesse sequer um olhar,

Minha alma gêmea que tem meu coração
engaiolado em suas costelas,
abriu caminho sozinha pelo mundo,
vivendo sempre o amor que guarda  dela.

Agora alma gêmea feito lua na janela,
não te pergunto onde andastes,
és o primeiro feitiço, riscado e escrito.
da minha  primeira  paradisíaca matéria.

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