domingo, 17 de outubro de 2010

surpresa

No passado
olhei o futuro no espelho dos teus olhos,
e morri no presente.

Minha alma tão distante,
não via a lua no quintal,
Só o sol no  leste do mundo,
brilhando os mares...

Corri contra o tempo,
sem presente, em busca de poetizar
tudo a minha volta,

Deliberadamente mergulhar corações selvagens
nunca antes vistos,
escutar os versos das almas tristes, divididas,
esquecidas em suas miragens de vida...

Sim quero as estrelas do céu,
passo via lactea em silêncio de flores,
roubando beijos dos teus sonhos,

Poemar o pó dos meus  olhos vermelhos
e o mar dos teus  numa sinfonia
de cores... juntar letras, sinais,
escrever e pintar minha vida pelas cidades e muros

de todos os homens e mulheres
que encontrei  buscando também outras formas de amor,

E cada  sagrado engano,
um novo verso, outro plano, tão belo e tão sagrado,
como todos os outros desenganos.

Eis porque tu não me encontrastes distraída,
mas de pé junto a minha janela,
na espera da tua vida.

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