Sou contador de história e estórias,
sempre alguém me conta,
conta de novo, aumento invento...
mas não minto... pressinto também, sinto.
Meus personagens são espirituais.
Assim me declarei a 35 anos atrás...
quase fui executada
por afirmar asneiras tais...
porque a maior herança que os pais deixam aos filhos são
seus bens materiais...( Paulo)
Ninguém menciona o carater
ética, moral hamanismo ou algo mais...
ou mesmo o os corpos que são bens
espirituais...
Hoje vou contar uma pequena história(estória)
que me foi contada por Maria ( aquela mesma a quem foi atribuido
o gesto de maternar Jesus
Me excluo de qualquer conclusão
religiosa, cientifica ou outras...
apenas conto o que me foi contado.
"Estava a fugir como sempre
com meu lindo bebê no colo
(Que felicidade foi carregá-lo no útero, nos braços
no colo, nos ombros, nas costas...
pegá-lo pela mão, pelo braço, pelos cabelos,
pegá-lo pelos seus lindos olhos.
Assim para escapar dos guardas,
a quem eu não queria ver,
fui por antiga e deserta estrada...
Onde eu ia... Levar jesus para conhecer
um templo Judaico e ouvir as belas músicas
que invadiam o ar.
Mas eu não podia lá entrar.
Assim num povoado onde tinha umas pessoas amigas,
troquei de roupa, no mato,
e fui sozinha para a cidade com meu filho
no colo...
Muitas mulheres tinham filhos...
Começou a chover, bendita chuva,
na cidade todos foram para suas casas,
estava anoitecendo rapidamente,
e me olhavam questionavam...
Não tens casa... Eu não respondia.
Conversando com meu menino
ia de uma rua para outra procurando
um abrigo para nos proteger da chuva.
Eu tinha rondado o tempo antes,
estava fechado e escuro,
mas num instante ele se clareou,
era a maior construção do povoado
e ficava no alto. Tinha muitas escadas.
As pessoas começaram a subir
bem vestidas e alegres,
eu apesar de tudo não poderia entrar.
mas fui andando no meio delas.
Subi as escadas e esperei quase todas
entrarem. O templo estava cheio.
A música era linda e eu pensava
comigo que presente melhor daria
ao meu menino...
Parei na porta e agradeci a chuva
porque havia uma pequena cobertura
na porta onde me abrigou eles perceberam
que eu apenas uma pobre mulher a me
abrigar da chuva naquela noite fria
e escura... Ainda tive bastante tempo
para olhar lá dentro e saber que
Jesus também tinha visto.
Bastava me aquilo.
A porta se fechou já que os
Judeus assim queriam. E fizeram suas orações,
diante dos meus ouvidos e de Jesus.
Por um bom tempo fiquei parada ali...
Quando a porta começou a se abrir e
todos deveria sair...
Sai logo a primeira, com meu menino
no colo... cheguei na escada para descer,
qual surpresa me foi, ver quão alta era,
Escada de pau roliço, do tipo tronco de árvores,
envelhecidos e podres, lisos pelas águas,
no escuro tentava apoiar os méus pés
meu menino no colo sempre grudado no meu pescoço
se ajeitava.
O medo me invadiu cair sobre aquele abismo
com meu menino... não poderia,
com a ponta dos dedos dos pés testava os degraus
que caia...
De repente sentei-me com ele no colo
e as madeiras rolaram lá de cima,
até lá embaixo... suavemente.
Depois parei um instante, olhei para o céu,
agradeci a chuva, a noite,
as músicas e tirei do rostinho dele
as pequenas gotas da chuva...
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