quinta-feira, 16 de junho de 2011

discurso

O discurso do rei...era péssimo
Ele  tremia,
desde a língua
até as pernas.
do primeiro ao décimo centésimo milésimo
de todos os seus vocábulos...
nem nos estábulos
se era tão dificil entender
uma linguagem...
especialmente daquela linhagem.


tinha a palavra manca,
embora fosse monarca de familia deveras real,
o ar não sai  atropela e  espanca,
suas cordas   vocais.

E quando o rei precisa mentir... mente ou não mente
Porque é rei cala-se,
no entanto rei que  faz discurso
precisa da fala.E dizer o que...
Não falo, não falo, não falo...
Rei frouxo com a garganta cheia de calos!

Discursar
é uma ciência arte horrivel,
onde a palavra é crivel
e devora os atos.

As lembranças de que eles podem estar ouvindo
e concordar apenas porque o rei é rei
e pode estar mentindo...
e o rei pode mentir porque é rei,
tem que mentir...
porque se o rei falar verdade, pode deixar de ser rei.

e alguns ig-natos
(a primeira palavra  é apenas
20 por cento do seu original.

descobriram como usar a palavra
para dominar ( sem chicote, sem canhão
sem missel)... É
legal é como fazer da arte  do discurso uma mágica
que faça dormir, depois faça morrer,
e depois faça servir...!

Pois o rei tinha mais medo da palavra
do que da perdição do mundo...
E se pudesse e bem que tentou
nada dizer, fingindo que
engolia a própria palavra
que já tinha mastigado na boca...

O faria... o fez tantas vezes...
mas rei que é rei não renuncia as suas reses.

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coração

  Quem bate... Uma voz  lá dentro responde: é o coração!