quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Séculos ...

Desde a infância a história é o teatro.
Onde se sentam séculos de gargalhadas e   lágrimas.
A parte mais triste quase sempre é o presente,
a parte mais alegre é o passado...
O futuro ninguém dele tem notícia recente.

O palhaço esfrega os olhos pintados...
"É sonho o seu tablado!..
depois funga o nariz para todos os lados
que direção teria seu nariz apontado?

O terapeuta  traz o verbo mal falado
de se aceitar o destino desejado:
Se o intestino não funciona bem...
terá o cérebro bem funcionado...?

Se não basta a palavra para alavancar
toda engrenagem da vida,
vem a psiquê feitiçeira,
com suas plantas e raizes...

moi o verde das folhas com a bendita água,
torce no pano de algodão branco,
e faz remédio das  finaS  asas
que  sufoca  dor mais antiga do homem:
O tédio.

Se pouco for e descrente a dose,
vem a glória da tortura em verso e prosa:
será envolta a criatura,
nas fibras dos músculos, fibrose.

Porque ao tempo não cabe recurso,
tudo feito, tudo acabado, fora do uso.
Vem a nova onda da  matéria: carne viva,
transformar o velho em resplandescente fibra.

daí a  vida,
não é um  bem pessoal,
de carteira de idetidade e cartão de crédito...
que sofre um continuo peculiar e criminoso
assédio...

que se possa usufruir...
tão egoisticamente, governa-la tão potentemente,
ameaçar e erradicá-la,
com tubos de pólpovra incandescente...

que se possa batizá-la, legaliza-la, descriminá-la
e discriminá-la por fim marginaliza-la...
como um bem pessoal
adquirido...

se na verdade,
não há dinheiro que possa comprar do pé
ou do cacho, sequer uma casca de banana,
se antes disto a terra lhe não a houver concedido.

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coração

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