terça-feira, 20 de março de 2012

As luzes...

a noite com bafo quente de estrelas
parece conversar calmamente com a solidão de alguém.
O coração palpita
é o  perfume indescritivel e indecifravel
da velha árvore noturna.
Além das estrelas o ruido e os faróis
dos pontentes carros cruzam o presente do caminhante.

intrigas antigas
a arte de existir, apesar do tempo, ainda.
não finda.
E tudo tão novo, até as velhas estrelas
se vestem para este  debut.

A mesma velha árvore perfumada como nunca
agita suavemente seu lume,
de duas lâmpadas gigantes,
nascidas  em  inesperados caules cinza de concreto armado,
 ( plantados) ali mesmo, junto ao caule verde
de sua floresta de folhas e flores...e fruto...

para o caminhante assim como para a árvore,
é luz, mesmo falsa, inventada
é um presente de estrema grandeza,
de tanto  merecimento.

 e o caminhante não teme,
quando sair desta zona iluminada,
e penetrar no obscuro sertão,
pega seu boné, cintilante,
de bateria rADIante e põe na cabeça,

vai pelo mato catarolando
uma outra canção,
mesmo que nenhum outro bicho do mundo o reconheça.

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