sexta-feira, 13 de abril de 2012

O quintal

Os Galos velhos  já não cantam
 como cantam os galos...
pinto novo não canta nem pia...
cala... eis o quintal ou a sala!

A cidade não tem pai nem inventor..
nasceu num estalo e se instalou.
e árvores gigantes concretas,
homens leões macacos insetos
abriga tudo tudo pendurado  nelas!

O mar esta mãe que rosna incansável
ladrilhou  de mármore suas antigas cavernas
e o homem goza da riqueza fatal

A cidade era negra
nem o dragão a clareava em sua furia,
na escuridão o dragão com medo
 namorava a pálida e infiel lua.

A cidade, o sino, a capela, a vela,
que o vento roubava nas noites escuras...

E minha mãe
santa madre, de todos na cidade
era comadre, além do pai, todos tinham padre.
Para confessar os pecados
quando as coisas saiam errado.

ainda vou caminhar na cidade,
onde o pão da terra não seja roubado
o menino pega, ainda que não
tenha plantado e enche a barriga
igual  passarinho,
depois desaparece no calor da tarde,
reaparece já grande e longe do ninho
para cantar e bater as asas
e fazer outros passarinhos.

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