domingo, 8 de julho de 2012

o que digo... a mente é...

Palavra
Se alpinista, o sermão da montanha.
Se não, o tititi dos vales.
Importa que tu escrevas
importa que tu fales.

Perdoa-me o cacho.
A caixa de cachos.
O conteiner de caixas de cachos.
O navio de conteiners,
de caixas de cachos
que segue pelo mar.

Carregado de substantivos adjetivados
de verbos adverbiais
interjeições pronominais
e conjunções virtuais.

Fazem oração ao sujeito
que está sujeito ao verbo, à ação.

e fosse palavra vazia
que traduz o vazio
do rio cheio de água...

que foge do leito,
do peito ...
por causa da mágoa.

são brancas, inodoras insípidas
líquidas e pequenas
pero implacavelmente serenas
e sustentam cérebro e estômago
e a razão do mecena.

Eis a mente: Arrozal
e nem se nota a falta dos muitos grãos que se vão aos pássaros
nem os que se dão ao laço da terra,
que parem continuamente
a efêmera primavera.

E se bom poeta
não apenas lavra a palavra
olha o céu no seu fundo
no infinito oco do mundo
o sol fecha os olhos... só para dormir.

Facho de estrelas cadentes
distantes e frias
vermelhas incandescentes...
se infileira infinitamente
em córrego, riacho rio.
Mares sertanejos de luz...

Eis a mente:
Estrelal lume.
Nem se repara a falta
das que nos furtam
impunes, os vagalumes.

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