domingo, 16 de dezembro de 2012

Era assim mesmoo

Uma bisteca
com tempero secreto, nem precisava,
era a carne do porco

ele pegaga, beijava, lambia, mastigava engolia...
Delicia, delicia
aquele sabor indescrítivel
do tempero
o proprio gosto de fogo na lingua,
da brasa, da fumaça
da planta, do sal, do sangue..

Ele adorava aqueles pedaços de porco assado...

Depois venho alguma coisa estranha...
estava descansando numa rede,
tinha sede, pediu água
o sal da carne ainda nos lábios...

de repente o porco pulou em cima dele
com aqueles pés estranhos na barriga
e foi logo metendo o fucinho na cara dele
e mostrando os dentes...

Ele gritou desesperadamente, socorro,
tem um porco em cima de mim,
está me lambendo, me fucinhando...
me pisando... socorro, o porco está falando...

O porquinho metia-lhe o fucinho
e dizia, deixa eu te comer,
eu também te adoro
que gosto teria esta sua carne...
se puder te devoro...

ele dava tapa na cara do porco
e tentava derrubá-lo da rede,
mas o porquinho tinha sede
de demonstrar o seu amor...


"Dou a vida na sua panela...
a mistura saborosa do seu arroz com feijão...
e mesmo assim em vida, não aceitas o meu amor,
amar-te será sempre
a espada do meu coração."

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coração

  Quem bate... Uma voz  lá dentro responde: é o coração!