quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Prossegue a procissão

... 4 dos maiores e mais fortes homens
levam o andor, feito de madeira maciça...
tronco  roliço, verde, da floresta, junto
vão algumas folhas...flores e frutos...
que resiste ao calor da festa.

A imagem é de barro, é oca é pouca.
Também é louca. É bem leve. Não tem
entranhas, cérebro, tripa nem coração.

Os quatro homens parecem vultos...
Suas almas em luto.... braços fortes,
pernas intrépidas, o que lamentam, o que veneram
naquela imagem inerte...?

É de barro, se cair quebra.
Seus passos são portanto cuidadosos.
A imagem não chora. É milagrosa.

Vai de pé, no andor. Amarrados os pés,
se não voa pelos ares, depois no chão...
vira terra, de novo. O povo segue, prossegue,
parece triste, é teatro sincero.

De repente talvez a imagem encanta,
dá mil piruletas no ar...e canta.....


A vida é santa...
a vida é santa...

O povo aplaude... é um milagre,
é um milagre,
a procissão continua até o fim,
o terço termina.
todos voltam para casa,
com mais fé...e esperança...

que vão precisar a vida toda.


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coração

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