sexta-feira, 12 de abril de 2013

Duas faces de Curitiba

Curitiba de duas faces:
de dia
leve suave ave no passeio público
voa por cima dos prédios,
com asas soberbas um voo breve...
 os prédios
pontudos e envidraçados...servem de
armas mortíferas para desavisadas aves.

A cidade é um labirinto que ela conhece
no qual  ela  não pisa, ela  não desce.


A ave não tem pouso facil nesta selva.

Igualmente vive o povo. Voa baixo, ofegante,
espremido, comprimido, reprimido inibido
voa ido. no mesmo labirinto. Não tem pouso facil.
eu sinto apesar do silêncio do recinto.

Mas de noite zumbem os  zumbis
eu não sei porque nada sei de verdade,
que nem todos possam  dormir
e ter bons sonhos e acordar em boa realidade.

A quem perambule a noite toda
mergulhado nas sombras, quem assombram
os desassombrados que pela cidade noturna passem...

não sem aviso, em cada praça em cada rua
numa linguagem clara e precisa...
de noite esta cidade não é sua!
de noite esta cidade me abisma.

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