quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Lua do mato

vigiava matagais, tramas e corujas.
das vacas das onças as ideias sujas.

do lado mau.

A lua urbana de tafetá branco seu pano brilhante,
cai lentamente sobre
os  edificios becos e favelas
rios sujos e barrancos...

cai e  se mistura com a masturbação do trânsito.
Da aflição do tempo que não dá tempo para as contas.

Se fosse a primeira vez  dos meus pés nas calçadas
faróis vãos  vão e vem velozes, postes, sirenes... sombras noturnas dos pinheirais e
o pássaro coruja que não se vê mais...

Esta paisagem sul real
espetáculo sobrenatural
de uma simples lua cheia no céu... à minha esquerda
prossegue sua ronda...

a lua sonda a onda humana.



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