Chegou novembro
um belo mês.
se veste um vestido novo
num corpo velho de vez.
Se veja estranha,
entranha
o coração,
será o meu ou será o seu?
Quazéseres, aquáseres
as pedras lisas, os peixes,
os feixes de folhas secas,
a terra vermelha a alma verde...
Quantos segundos
o sol ardente, a alma quente,
o vento, o cheiro, a ponte rente,
o tempo...
o gato, as orelhas, as velhas telhas,
as centelhas...
O menino, o homem, a água, o amor,
o estranho presente, os rumores,
medos, bichos, ruas cheias, alheias,
vitórias e vicios.
a invenção,
o nariz o dedo, o erro, o pecado
o padre, Deus, porque não o perdão?
A beleza em silêncio, o pranto
a velha, o velho, a criança....
A solidão... Daquele que está além da parede, do muro,
a luz acesa, a televisão,
o carro, o jardim, o casarão.
um estranho vive lá.
A lei! Um livro, uma estante, uma biblioteca,
uma mente...
em desespero...
Um telefone mudo, uma menina, um riso vindo
Faça alguma coisa...pela vida,
sinto pressinto,
não posso provar a vida é linda.
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