segunda-feira, 14 de abril de 2014

Encardido

Leve e doe meu coração.
Ainda não. Não agora.
Ele está manchado de amora
dentro e fora.

Leve, lave e doe meu coração
para as árvores do parque
ou e para outro nicho:
a floresta dos bichos...

que  lhe devore as bondosas vacas,
que a vermelha pasta, paste!
Que me baste não a vaidade da flor
mas a segredo do enlace da semente.

leve e lave e o doe ao chão
pode ser para o rio lago mar
das entranhas do coração,
que chove em qualquer olhar...

lágrimas lave e leve meu coração,
manchado de amora... mas não ainda,
não agora.

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