Encontrei o Zé
sentado de baixo da árvore da sabedoria:
Esperando as boas coisas lhe virem à boca... ou à mão.
O Zé se plantou no chão.
Poderia ser a velha macieira, um salgueiro chorão
ou uma frondosa jaqueira
de me queira ou não...
mas era uma bela e eterna bananeira
que nunca ninguém soube como veio parar no chão.
Mas o Zé queria Eureca
de qualquer sabida árvore do sertão.
E por um sopro das alturas divinas
Uma folha da bananeira se desgrudou do tronco
despencou da árvore e caiu na mão do Zé...
E o Zé não teve dúvida,
leio nas entrenhuras da misteriosa criatura
a lei que lhe veio
da natura in natura.
e estava escrito no pergaminho verde,
"pelo teu caminho tens sentido sede,
de justiça e de uma boa rede
para o descanso da luta, nas horas de folga e deleite...
assim segue prossegue a lei
uma nova forma de governo,
outra fórmula nova de rei...
Encontrei o Zé... ele me contei isto.
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