terça-feira, 26 de abril de 2016

confesso

andei meio desorbitada:
conheci estrelas, astros imersos
em universos dispersos.

Fiz contatos, contratos e tratos
com elementos sem tratos.

Carbos, hidros, oxis e nitros
constam da tabela, estão inscritos...
há outros não ditos,  não cito.

Genes e genios epigrafados
moinhos e moendas do passado

tinem seus sinos nos meus ouvidos:

Estarei atenta, reorbitada,  reor ganizada,
habitada pela minha natureza terrestre,
cinzenta, molhada, entranhada
de placenta... sou um ser placentário.

Em órbita, astros deslizam para longe,
enquanto eu me movo, lento,
no alento de ser sempre este ser placento...

Me amamento do sol,
a dádiva do meu céu
esta boca aberta do ar que me traga,
com o carinho dos dias.



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coração

  Quem bate... Uma voz  lá dentro responde: é o coração!