sábado, 7 de maio de 2016

A mãe

de menina era tina,
do berço avesso
não atina, a sina.

tornar-se mãe  menina
tantas vezes, talvez
envelhecer ainda tina.

tantos foram os choros
tantos outros  gritos,
tantos sonhos implicitos
tantas folhas de louros.

tantas crianças pela casa,
tantos passos pelo caminho,
tantas penas pela estrada,
tantas noites de ninho.


e finalmente depois de tantas vidas passadas
dar-se por convencida,
que a vida  estava criada!







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