segunda-feira, 20 de junho de 2016

Um dia ganho...

 particípio passado
não  futuro indeterminado.

A vó  pronta para cair na cama e dormir...
O neto ainda fervendo ... diz
Não pague a luz...vó.
quero bincá!

A vó quase desmaia no travesseiro e fica a olhar o neto sentado na cama
dois anos e meio de vida, ela mais de sessenta...
natural ela estar cansada, ele não!

Com uma pequena caixa cheia de pequenos objetos ele os manuseia
atentamente.

Por fim olha para a vó com um olhar indescritívelmente sério e diz

"vó vamu bincá..." a sua sua expressão era muito tranquila.

ela responde prontamente, brincar de quê...

de compá dadinho, responde ele...

Quantos...pergunta ela...

ele fala: dois, tês, cato, cinco, deis.

Levanta-se anda um pouco e diz
ponto já compei.

Agora vamu binca de vê biço...
abre o livro dele a aponta para a página:
rindo fala: papai galo, mamãe galinha, bebê pintinho...

ela desaba a rir...eles riem juntos... muitos risos...

Ela  sabe que ele pensa que ela também é criança.
quando ela cai, ele corre dá a mão....
a vó caiu...levanta!...quando ele cai, ela faz o mesmo,
a esperança da criança é um enlevo

ganha-se o dia a noite, os sonhos  e até a eternidade...
nas brincadeiras delas.





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