Ando com meu riso frouxo
como anda frouxo meu coração.
É quase um ipê florido em roxo
no amarelo da terra no chão.
Meu coração anda bobo,
nem sei do que ri este tolo,
tudo é deserto em torno
só sua costela em osso.
Você passa por mim
como me a passa a água do rio
e me rega até o fim
em preencher meu vazio...
Assim como a água voce passa,
assobia e canta sem se dar conta,
que meus olhos sempre embaça
enquanto meu coração ainda canta.
Não te espero até amanhã,
esta noite ainda é muito comprida
vou deitar logo no meu divã
e sonhar com a minha vida.
Que é tudo de real que tenho
você, você, seu coração,
é um moinho de vento,
que vive no seu engenho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário