quarta-feira, 16 de abril de 2025

Na tela

 

Na tela

agora minhas ideias

fluindo, aos poucos, meio rimas

meio versos, meio celas.


São águas que rolam destino abaixo

aos cachos, cachoeira e saltos.


São águas que evaporam

entre nuvens se escondem

são águas daqueles que choram

são águas daqueles que sonham.


Águas puras, atômicas, profundas

de alma de luz de corpo velado.

Também são águas, sujas, imundas

dos rios mortos do mundo, afogados.


São águas secretas

minam vida em qualquer parte

águas minhas incontidas

sob a forma de arte.


E acima de tudo,

a arte sob forma de vida.


Na tela

o pensamento vivo

caminha, se arrasta e voa

como peixe mergulhado

na neblina

a estrada é de sol e garoa.


A terra gira

as nuvens secam

as águas voltam e ficam

porque são essenciais.

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