Na tela
agora minhas ideias
fluindo, aos poucos, meio rimas
meio versos, meio celas.
São águas que rolam destino abaixo
aos cachos, cachoeira e saltos.
São águas que evaporam
entre nuvens se escondem
são águas daqueles que choram
são águas daqueles que sonham.
Águas puras, atômicas, profundas
de alma de luz de corpo velado.
Também são águas, sujas, imundas
dos rios mortos do mundo, afogados.
São águas secretas
minam vida em qualquer parte
águas minhas incontidas
sob a forma de arte.
E acima de tudo,
a arte sob forma de vida.
Na tela
o pensamento vivo
caminha, se arrasta e voa
como peixe mergulhado
na neblina
a estrada é de sol e garoa.
A terra gira
as nuvens secam
as águas voltam e ficam
porque são essenciais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário