A estrada está intacta
guarda a marca de todos os pés
o vento ainda sopra
as folhas das árvores e os sapés.
Os passarinhos ainda são os mesmos.
O fio de água virou um lago
A casa velha uma igreja
as sombras das árvores
sol ardente viraram.
E os jovens viraram velhos
A estrada ainda é bela e jovem
tão jovem quanto o bebê mais recente
os campos florescem por toda parte
igualzinho a antigamente.
É outro mundo aquele da minha velha alma
que minhas mãos em sonho toca
O riacho, a arapuca o brejo dos sapos
O medo, as rezas e as beatas
sempre estarão lá, guardados no tempo.
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