terça-feira, 29 de abril de 2025

realidade ou mentira

 Por pensamentos em pautas

E por momentos singulares
transformá-los em pomares.
Em bons ares e  Em mares.

Mares de riquezas
mares que circulam
que alimentam que veiculam
sonhos e mentes...

que formam nós, rede e moinhos
pelas curvaturas do mundo
que doam o  pão vivo da carne,
o sangue, a água e o sal
do solo mais íntimo e profundo
do seu mais secreto abissal.

Mares de trabalho,
de jogo e baralho,
de ilimitada sorte e ganhos.

Mares mesmo, de águas doce e salgada,
de mistérios  humano e divino.
mares de pensamento, de palavras
e estranhas obras... porque são estranhas
de estranhas lavras.



Assim tudo é poesia, tudo é poema
ou apenas coisas poéticas,
Nada além do verso ou da estética
de se ter na vida a vida em si...
tal como é e vê-la tal como é
e vivê-la tal como ela é... sem poder perde-la...
por nem  sempre ser do jeito que se quer
e sim sempre ganha-la do jeito que ela vier.

Se o céu é azul é belo, a paixão explode no coração,
o mar é senhor das estrelas e do trovão.
O amor domina. A criança sorri. O pássaro bate a asa
cheia de penas e sofregamente mas não cai do céu.

Então dou-me ao dom
nem da rima perfeita na linha do caderno,
nem mesmo do sentimento sincero,
nem mesmo do tempo que me escapa...

Dou-me ao dom de transformar
o tempo curto num obra lenta...
num fragmento alongar o meu inusitado tempo
até que se estique ao máximo,
e não se arrebente...e deixe de si
todo o mais belo de meu pensamento.

Porque meus maus:
evito e escondo até que consiga
bombrilhá-los e que fique bons,
e sedutores como a maçã...
e sua casca útil e brilhante...
e que possam servir de alimento
para o mundo... mesmo depois
do paraíso errante e da expulsão
de Adãos e Evas...

Hoje ainda caminhantes...
do mesmo mundo de antes:
o emaranhado mundo
de cipós e ervas.

Dou-me ao dom da palavra  que sem regra
vaga no espaço que é dela,
da minha própria alma... de mim, como flor de capinzal,
dos vales, montanhas e beira de estrada...

e também da beleza de qualquer solitária flor rara!

E todo aquele que revela
o íntimo de si mesmo, revela outras esferas..
que talvez desconheçam
temam ou ignoram mas que existem,
muito além de qualquer passarela.

E este que revela precisa da tolerância,
porque pensar é um estranho ato,
que não costuma ter limitancia.

Distante dos fatos o pensamento é livre,
principalmente quando ave divina...
e aos poucos, muito limitadamente,
vai estabelecer a sua sina...

que é seu voo pelo mundo real...
a face do mundo que nos olha perplexa... e cheia de amor...
é a mesma obscura face
que nos olha dos olhos do  criador.

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