Quem oscila no universo poético
tem sempre um coração flechado
por mais de mil flechas
um coração que chora lágrimas
e músicas no mesmo papel
Tem mãos vazias e os olhos
se não dos próprios versos.
Um coração preso nas grades das costelas
que a poesia faz cantar como uma
lua sem janela.
Não tem arranjo de palavra que descreva
a peleja da alma no rabiscar de seus versos
é o pouco de luz de uma estrela que se atira
na manhã de sol que ainda lhe resta.
Lhe é dada toda calmaria da noite escura
e o brilho indescritível da luz que lhe veste
mas é da imensidade do dia de vida
que ela carece.
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