Com dia e hora marcada
com o sol e a lua contada
a visitante deve regressar.
Até lá muitas chuvas de saudades,
nuvens de tristezas,
primaveras de esperanças
até lá poemas aflitos,
cairão sobre o papel,
sem nunca ser lidos,
até lá envelhecerão as margaridas,
e as estrelas sumirão do céu,
os rios virarão lagos,
pois não terão onde ir!
até lá as crianças crescem,
os filhotes voam dos ninhos,
as aranhas farão teias,
por todo o nosso caminho.
Até lá, quando a pessoa visitante
puder regressar,
a paisagem se renova muitas vezes,
o azul fica negro,
o vinho mais quente e vermelho,
encontra outra uva,
outro prazer,
Até lá os pássaros
permanecerão mudos e alados,
suas penas, são penas,
penas de lágrimas... apenas.
O gato dorme no meio das borboletas,
e o voo delas cansa seus olhos,
O gato dorme. Não tem pressa,
Nada o apressa, nada vem antes ou depois da hora.
Por ali se vão todas as coisas,
o visitante e o visitado,
cair feito patos na lagoa
das paredes fechadas.
Paredes carnais, suaves,
mórbidas, criadas para laçar,
para domar... visitante e visitado,
na trama simples e única
de mais uma paixão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A semente
vou caminhando para meu sonho. Vivo lá tudo que me proponho. súbito, mais que de repente, chego num dia de sol, que se abre inteirament...
-
A minhoca não arreda o pé da terra bailarina clássica, de música inaudível entranhada na sua alma de puro barro. Dança, salta, não tira o...
Nenhum comentário:
Postar um comentário