terça-feira, 20 de abril de 2010

Deixo-lhe minha presença, minha ausência para provar minha existênc ia.


Pessoas são livros antigos e vivos
que abraço junto ao peito,
folheio e leio sem receio.

São retângulos mudos e surdos,
nas prateleiras do tempo,
com suas cabeleiras absurdas,
de vidas e de sentimentos.

Pessoas são livros desvairados,
atirados á rua, sobre todas a mentes,
que contam todas as histórias,
 futuro passado, passado presente.

Pessoas são livros gritantes,
nos ouvidos dos vivos ou mortos,
 assobiam e uivam penetrantes,
são ventos que movem as  portas.

Pessoas são lidas pelo mundo, poéticas,
de coração aberto, esvoaçantes páginas,
feito areia pela estrada desertica,
criam fascinantes edificações, mágicas.

Leio pessoas... leios seus olhos...
adoram seus poemas arrancados em versos impares,
são lágrimas tristes ou alegres que choram,
nos seus  mais singelos momentos, intimos!

E neste livro vivo também me ponho
nas ruas do mundo, nos muros  esquecidos,
brincando de versos e poemas  sonho,
reencontrar o caminho perdido.

Pessoas são livros, livres, de histórias fantásticas,
assim ao vendaval da vida esvoaçam,
mansas, mancas, de ilusções vencidas,
mas sempre vivas pelas estradas se acham!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A semente

 vou caminhando  para meu sonho. Vivo lá  tudo que me proponho.  súbito, mais que de repente, chego num dia de sol, que se abre  inteirament...