Pipa é dona do Rio Tietê.
Comprou-o pelo projeto.
suas águas límpidas diamantes,
não são dejetos.
Poseidon mentiu sem piedade,
Não foi o rei de Portugal,
que lhe concedeu autoridade,
para vender tal pedaço da água.
Foi sim um velho indio,
de uma tribo perdida,
que se encheu de tristeza,
ao ver o futuro do rio.
Pediu que subisse Poseidon,
dono das águas do mar,
e bebesse as águas do rio,
antes mesmo que elas morressem.
A vida eterna de um rio,
a vida eterna de um peixe,
não se registra em cartório,
nem se guarda aleatório!
Pipa foi a cabeceira do rio,
buscar os documentos que ele prometeu,
sangrar as raizes da árvore,
que os papeis esconderam.
Quando a vista viu o brilho,
da terra escondido,
na carne viva da árvore,
pipa compreendeu...
que o rio tem sua alma,
que ninguém jamais o prendeu,
que ninguém jamais a desarma.
Pipa dona do Rio Tietê... e todos
os outros rios que dele são filhos,
tem um projeto
que resgata suas águas,
à fonte, feito criança no útero,
que novinha engatinhará como antes.
Por isso o rio é dela,
Mas eles os empresários, virão,
juntar-se a mesa dos grandes planos
e conversarão alegremente,
á beira de um novo rio,
que de suas mentes
fluirá limpidamente.
Pipa espera, embora tenha pressa,
pode esperar, tem que esperar,
até que eles decidam
a coragem de transformar.
O rio, o imenso rio do povo,
no maior rio sagrado do lugar.
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