quinta-feira, 6 de maio de 2010
Diálogo da pele
A minha pele ao teu sol
aquecida, estirada no verde do teu corpo,
como se fosse rio no leito,
cachoeira abaixo, cantarolando louco.
segue o mar dos abraços finitos,
destes que se gozam com aflição,
se deseja para sempre a vida,
e se morre na solidão!
Se não estás a dor me consome,
dor ausente, da tua cara, do teu nome,
dor presente, de desejo e fome,
dor colada, na tua pele de homem.
Se não estás meu universo se esvazia,
meu sol escurece, minha lua não brilha,
se não o vejo a sombra me cerca,
a vida não contilnua!
Não me importo que seja velho este amor,
e que dele já tenha preenchido meus dias,
não me importo que seja gasto o louvor,
de nossas mais suaves alegrias.
Não me importo que sejam palavras repetidas,
as mesmas, até os tons, até os olhos o riso,
que a mesma lingua que agora beijo,
fez me chorar só teu velho paraíso.
Tudo em ti é tão antigo que vejo,
em vez de futuro o mesmo passado ao redor,
o velho amor sempre perdido em desejo,
que jamais me deixou só.
Continuo tua como sempre fui,
abusadamente só, abusadamente,
penso que nem quero mudar,
esta sina de esperar perdidamente.
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