Juntaram-se os dois,
um farrapo do tempo urbano,
outro farrapo da selva perdida,
como pai e filho,
de idades invertidas.
Rumo ao mato, ao mato grande,
a quiçassa do rio da lama,
se enfiaram pelas ramas distorcidas.
Aos cacos na solidão,
da ilusória selva esfarrapada,
a grande árvore intacta,
apesar no chão ainda plantada.
Tão longe da cidade o homem perdeu o rumo,
tão longe da natureza, perdeu a si mesmo.
Ficar lá, aos templos dos ramos e dos cipós,
para rezar às velhas e amareladas folhas
aos tortuosos caules e seus nós,
a noite toda, chorar quem sabe,
a falsidade de não se ter mais lágrimas
para formar mais lagos e nem mais lodos.
O grave vento murmurou ao louco,
o perigo da foice e do machado,
pois do advento, aos poucos,
já tinha a ele assobiado,
quando a noite caisse, o velho desdentado,
a cabeça no chão tombava,
nem via estrela em seu céu,
tão cansado o velho estava,
o novo urbano, com seus planos,
de tomar de volta o antigo castelo abandonado.
trazia consigo já o bolso vazio,
e o triste estômago domado.
E o machado, o machado, seu fiel
amigo dos campos limpos e das árvores tombadas.
De árvore também era feito,
suas misteriosas cordas cantavam alegremente no peito,
quando sua velha casa despencava.
Mas hoje não era este o motivo da cantoria,
suas cordas rangiam,
por causa de uma outra secreta alegria.
O novo urbano tinha plano,
plano de reconquistar a terra,
de ser senhor fulano ou cicrano
E Deus lhe Velava abertamente seus planos.
Era dia de suprema alegria,
o velho desdentado, o moço novo
da cidade conhecia.
E antes de tombar sua cabeça,
alguma coisa na boca e coração
lhe era profecia.
Eis o filho perdido, que o tempo feroz engolia,
mas a grande baleia
atenta o salvaria,
A baleia que nunca conheceu o mar,
se não nas profundezas e abismos,
ou nas redondezas dos vulcões e cismos.
Agora o devolve
e quem quer discutir com ela...
Mesmo porque a baleia voltou,
de um lugar onde muitos poucos iriam,
e nenhum jamais voltaria.
e muito menos trazer
de presente de lá
muitos papiros e códigos
que por aqui ninguém conhecia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário