Disse 301 vezes por escrito,
durante o dia e a noite.
Não dormiu esperando o telefone tocar.
Não tocou. Amanheceu.
Passou a semana toda,
nem uma palavra rota
Parece que não se existe.
Fica-se triste.
O pensamento quer se apagar
mas vem o vento atiçar...
e aquela coisa imortal começa a fervilhar,
brilhar, aquecer, fumaçar, e por
por fim o fogo cresce labaredas afora.
Nada se pode fazer
é o trem do amor rasgando o coração e
apitando, raspando o duro trilho
no mesmo eterno estribilho
do te amo, estou ainda te amando.
Vem a revolta, põe o sapato velho,
bate a porta, chuta o portão,
deixa tudo no maior abandono...
faz cara feia para o cachorro...e
Não se sabe por que quando se trata
de amor o cão ri do dono.
E vai lá na casa, chama feito louco,
ri de feliz de bobo, o coração dispara
ainda mais um pouco.
A paixão demora, enrola e não vem...
quando vem passos lentos e certos,
que tem no peito um deserto,
que nada, nada daquilo é certo...
e nem dará certo,
porque é um verso mudo que sobre
nada versa... e tudo.
E faz um favor pede com toda
educação: Deixa em paz meu coração.
A paixão está ocupada, apressada
para ir embora e mais nada.
Fecha porta, o amor fica lá fora,
numa estranha gaiola,
que feio vê-lo assim,
tão preso, tão cruelmente desfeito,
com o coração tão grande,
esmagado dentro do peito.
Um último riso pelo vão do tempo:
Não és tu que mora em ti mesmo,
tu és outro, tão longe, tão leso,
que vive fora do próprio alento.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
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