... Pego meu balaio vazio
um punhado de vela branca e outras coloridas
uma pá cortadeira e uma máquina
adivinhadora de encontrar dinheiro,
em forma de torrão de ouro...
Sobe a serra a apontadeira
da máquina adivinhadeira...
depois do morro, no vale do pinheiro,
há um pé de ouro, entre os esteios
de uma tapera veia,
de um antigo veio fazendeiro...
Chama-se o veio ao lampião,
no meio de noite, o açoite do sonho
bate a porta o aventureiro...
com sua máquina, o bisonho.
Dentro da sua casa, tem um tesouro
deixado por indios, ladrãos, ou santo padres,
o senhor permite que se escave,
que se cave até o ouro brilhar...
Metade de tudo o senhor vai ganhar.
E a tapera se reforma
com chapas de maderite e fórmica
o veio do sonho, o bisonho, a pá começa cavar.
E de repente surge no meio das velas
uma enorme lingua de água
que lambe e chupa e engole as chamas
labaredas de fogo no meio da lama....
Um buraco enorme na casa do veio...
cheio de água .... alagou, alagou!
Ai amanhã que magoa
o ouro chorou!
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