terça-feira, 17 de janeiro de 2012

fresta do destino

Não sei por que fresta do destino
você chega feito claridade,
de olhos claros de menino...

Se para conferir o caminho
ainda ontem contei as estrelas
Escorpião sumiu...
Estava lá Orion, de ponta cabeça
com baltazar, belchior e betegeuse...
olhando a sala.

vieram do mar as estrelas,
subiram as escadarias de pedra da serra
a primeira que Deus criou quando passeou pela América.

Por que fresta.... falo de você filho das ilhas,
filhas do mar, criado no ventre rochoso e fertil,
com frutos doces e nectar.

De você que tem peixes flutuando nas meninas dos olhos,
Orion... com seu olho aceso,
acende mais e mais as estrelas...

mas lembro um menino, atravessando o mar,
com seu olhar de criança,
cruza o abismo como se fosse dança,
chora... como se canta...
às enxurradas, às gargalhadas...
Buscar América para si...
querer o brilho de uma terra nova,
fazer aliança com outros povos. Se irmanar,
se embebedar de sonhos...

E esta fresta aberta
Abre outra dimensão inesperada e desconhecida
por onde entre e sai novas
formas de vida

Desmembrada do tempo contado,
do tempo sabido, do espaço conhecido
do dia vivido.

O poema histórico,
o verso heróico
vem regado do teu silêncio.
E tu deixaste teu Adeus num lenço
que ficou no mar.
E teu navio mergulhou dias e dias
na escuridão do futuro...
daquelo menino...e
buscar o homem da América...
Um outro território asteca.

Mas o silêncio é tão sino:
Badala de alegria toda a alma do menino...
De sorriso tão puro vigia com o próprio alento
o coração da vida.
A América.

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