quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Poemar como antigamente

Pó é mar!
e parte das estrelas
tecem  a vida na sua banheira viva.

Compor palavras poéticas e textos
sem medida nem peso.

Julgado livre o dom da poesia,
mesmo que doa, dói
a quem escreve e deve
este dom proclamar.

A exemplo dos santos antigos,
dos errantes itinerantes
dos delirantes sem depois e sem antes,

escrever é oracular...
de orar... uma reza estranha
que vem de alguma entranha bem desconhecida
que de um jeito ou outro
louva a vida...

Os artistas que agora escrevem na internet,
inspirados talvez por almas boas
de escritores e oradores,
do tempo das cavernas, das pedras e das areias...

topam com um grande desafio
A internet é um mar,
onde se navega... terras e aguas,
salgadas e doces rios...

O artista da internet é peregrino do mundo
ainda não tem os direitos de suas obras originais resguardados por lei...
Ah... existe lei para tudo

 a internet é um espaço bastante comunitário,
mas dominado por poucos e muito pouco
 conhece  a corda da sua vida...

O artista se consola... aproveita e escreve tudo agora,
amanhã, talvez nada sobre,
as grandes ondas levam tudo embora.

Nunca que eu me lembre houve
na terra um momento tão especial para a arte
como este...

Refiro-me á uma arte muito antiga,
que é atributo dos povos, inclusive,
de todos os povos do mundo,
de toda forma de pessoa...

sem o contrato, o trato, o distrato
do que é perfeito, apenas
aquilo que bate forte no peito.

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