quarta-feira, 3 de julho de 2013

Blues...

Ouvindo um blues...

cansei do herói triste guerreiro, morto.
A vida e a morte  num jogo torto...


Quero mais que tragédia...
mais que a comédia
quero a bondade do tempo

o presente sem ressentimento.

Quem tem ódio
vai remuendo

Bem longe de mim.

Cansei sim... e quando  chegar minha hora
não me dê  armas, não me dê  lutas
não me dê soldados, nem coroneis
ou outras patentes de papeis.

prefiro um clarim claro, um alarme comum
no dia raro e único da minha vida...
Um artista... somente um artista...
que me dê minhas noticias.

Eu cansei simplesmente cansada.
Não de você, nem da estrada,
tenho estado cansada de Ser!

Pode ser, pode não ser...

as duas coisas quase sempre me cansam...
se não sou espero a hora de ser,
sendo, a hora do não!

coração trabalha eternamente
entre uma probabilidade:
Um sim...    não.

Este ser,
não o de ser isto ou aquelo,
ou nem isto nem aquilo.

é o cansaço da fadiga dos ossos.

Tudo trabalha,
como um velho relógio no  alto da torre do tempo.

Tudo funciona:
como um vento...

Eu vento minha alma no tempo
ora brisa ora furacão
não é breve movimento
é pulso de coração.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

A semente

 vou caminhando  para meu sonho. Vivo lá  tudo que me proponho.  súbito, mais que de repente, chego num dia de sol, que se abre  inteirament...