Se veste 3 casacos
duas calças, meias e botas.
O dia estava terrível.
O ar úmido, veloz
a chuva parecia perfurar a pele de
tão gélida...
Junto com o ar um choro
baixinho, cruel, ressentido.
Se olha para os lados. Todos estão encorujados de frio
mas muito bem agasalhados.
porém se vê, na rua uma menina de 6 anos,
marronzinha feito chocolate,
suja e trapada, descabelada,
molhada e desabrigada e de pés no chão.
Ela chora agarrada às pernas do irmão,
Um garoto de 15 anos
que compra balinhas na banca.
também em enfrentado o frio desagasalhado.
Possivelmente um catador de papel
da região do centro de Curitiba...
Minha cidade não durma tanto,
dê as estas crianças mais que este triste pranto,
que não é o pranto de um dia...
tem sido sim, de uma eterna agonia...
Nem o frio deste dia... mas o frio de dácadas
de abandono...
Tua culpa minha cidade
que estas crianças não tenham para si um abrigo
de verdade...que nestes dias tão frios e crueis
elas não tenham pelo menos uma sala, uma tv e desenhos,
um coberto, sapatos e meias, comida quentinha...
e todos os agasalhos necessários e que possam
ficar assistindo aulas ou brincando...
abrigadas deste mal natural tão antigo
que é o frio.
e Que nestes dias horrivelmente frios tenham que
vagar, chorando pelo centro da cidade e esperar
que o único amigo o sol aparece...
mas ele demora demais por aqui, para aparecer.
O coração em silêncio dá grito:
Será que nesta chuva, neste frio e neste vento...
Ela resisti?
O que ela pensará de todos que naquele instante
passaram indiferentes ao choro dela,
O choro específico
choro de frio, de fome de tudo e nada!
O que ela pensará de mim
que também hesitei.. demorei
e que quando voltei para lhe presentear com
um mínimo de mim
ela que já tinha sumido.
Dura um segundo...
o mundo gira.
Volta o mundo
10 minutos depois.
A menininha já sumiu.
Há tantas instituições
para cuidar das crianças que eu diria que estas crianças que vivem
tão mal cuidam muitíssimo bem...
de todo o pessoal.
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