Vi umas armas estranhas,
penso que eram de mentira,
ou talves do pulgatório.
Estavam enroladas em panos brancos,
finas toalhas, longe do solo
e os homens que as levavam
pareciam carregar crianças no colo
Eles cuidavam orgulhosos
daqueles estranhos objetos mortais
olhei melhor, profundamente,
poderiam ser apenas serpentes.
Mas eram armas letais.
Se acaso fossem relíquias
preservadas desde o século passado,
e nunca jamais ninguém elas tivessem matado.
E se fossem de ouro, de um grande colecionador,
que as mandou fabricar
para contar a estória do desamor.
Eu sei que vi umas armas estranhas,
fosse como fosse
eram armas medonhas.
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