É de barro amassado,
areia, pedra moida e água.
como tantas outras casas...
Deito, durmo e sonho.
às vezes, cultivo mágoa...
como tantos outros.
Levanto tarde... o sol arde.
me lavo, alvo...
da saudade.
minha armadura de lata
minha chispa de borracha...
me parto me vou
feito raio de prata.
Trabalho e trabalho...
No fim do mês.
Salário. Baralho!
Embaralho...
Gasto tudo
pago o que já vivi.
Do futuro não sei. Não vi.
Previno sempre a mim mesma!
Não viverei apenas o que pagas!
vou virar a mesa, no centro da sala.
despendurar os quadros...do século passado
que meu coração ainda guarda...
Estou no bar... no bar dos embriagados.
O garçon me chega
" O copo está vazio. A garrafa está seca"
- Você bebeu, diz-me ele... todo o vinho
da juventude de uma só vez...
- só bebi uma garrafada e estás a me cobrar
mais de seis!
Traga-me a próxima safra...
nem amargo nem doce, talvez cachaça!
Tudo tem preço!
se mereço ou não mereço pago
traga-me a próxima safra!
quinta-feira, 11 de julho de 2013
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