O coração bate,
longe ou perto, dispara, como arma
no deserto.
o coração sonha, a lua dorme
a estrela distante, acorda.
A lua mansa avança
madrugada adentro.
descansa no colo do tempo.
Os dias são finitos, as horas são findas,
e leva os minutos ainda.
Em outros horas, por fim, findam também
os segundos do meu mundo.
Tudo se vai passando
O relógio marca um tempo
que de verdade não existe,
o tempo de amor de sonho,
que não se vive.
O relogio tem cordas vocais em aço,
e cantam dentro do peito
numa jaula que não pode ser rompida.
O coração, seu pássaro ferido,
voa para um lugar desconhecido,
e o relogio se guardará no
tempo desta lida.
que nunca terá uma saida.
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